Friday, November 09, 2007

Dois segundos pra me assustar com uma velha conhecida.
Nenhum segundo pra me recuperar da novidade.
Canção Desnecessária nasceu de uma visão!
Sim. A moça passava.
Mas nem era o balanço, nem o bronze quem dizia algo...

A moça vinha, arrumada, escondida atrás de sua diferença, e ele, via no rosto dela sua própria filha. E se fosse?
Pq é que uma pessoa se arruma e sai, pra continuar tentando não ser vista?



O homem entrou na igreja torto e virado. Saiu dela com uma das coisas mais lindas desse mundo.





Eu, faz tempo, nem entro nem saio de igreja nenhuma, mas mesmo assim, vou me virando.



Hoje, agora mesmo, é sábado. Tem Guinga na TVE, tem Barbatuques na Cultura.
Hoje, daqui a pouco mesmo, às 9 do 10 de novembro de 2007, vai fazer 35 anos de vida "sem" Torquato...


Canção desnecessária
(Guinga- Mauro Aguiar)
Enlace o meu silêncio
E valse a valsa avessa
Que te fiz em pranto
É valsa em si contrária
Só pisando em falso
Se pressente o chão
A música ilusória
Quase te atravessa
Sem você dar conta.
E tanta antimatéria
Sem querer se apossa
Do seu coração
Esqueça o tempo então
E valse um sentimento
Por dentro a valsa esquece o som
Extemporânea
Imaginária
Etérea como o amor
Até quem sabe o Grande Amor !
Amor que vem na valsa
Mas que só se confessa
Quando valsa cessa
Amor.
Abrace o precipício
E valse a valsa imersa
Num silêncio insano
É valsa voluntária
mansa em seu ofício
de soar em vão
Canção desnecessária
Quase sempre acessa
Seu fundo oceano
Se você perde o senso
Nasce na memória
Súbito salão
Esqueça o tempo então…………..
A sorte está lançada
A valsa está cansada
Logo vai cessar.
No próximo compasso
Vai sumir no espaço
Vai se dissipar !
Enlace o universo
E valse a valsa imensa
Que te fiz sonhando
Por mais que não pareça
nessa valsa avessa
Pulsa um coração.

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